Cibersegurança: cuidados com dados são destaque no MWC 2023

Um dos pontos que chamou a atenção durante o Mobile World Congress 2023 (MWC) foi o aumento no número de ciberataques nos últimos anos. Segundo o que foi compartilhado durante o encontro, a “indústria dos hackers” cresceu 70% desde 2021 e tornou-se uma potência (totalmente ilegal) no mundo todo. Daí a importância dos cuidados com a […]

Por Fernando Silveira
Publicado em 11/04/2023

Um dos pontos que chamou a atenção durante o Mobile World Congress 2023 (MWC) foi o aumento no número de ciberataques nos últimos anos. Segundo o que foi compartilhado durante o encontro, a “indústria dos hackers” cresceu 70% desde 2021 e tornou-se uma potência (totalmente ilegal) no mundo todo. Daí a importância dos cuidados com a cibersegurança.

Diante desse cenário caótico, dar atenção para a segurança digital tornou-se fundamental para as empresas em diferentes países do mundo. Porém, será que estamos olhando da forma correta para o problema? Entre iniciativas de prevenção e correção, é importante revisitar as estratégias para proteger os dados dos usuários. 

Fernando Silveira, COO do Grupo Brivia, compartilhou suas ideias e percepções dos painéis que assistiu sobre o tema durante o MWC 2023 no seu artigo publicado pelo Meio&Mensagem. Com base nesse conteúdo, nós preparamos esse material sobre cibersegurança que você confere abaixo.

O que é Cibersegurança?

Cibersegurança ou segurança digital é composta por medidas práticas que visam proteger sistemas, redes, dispositivos eletrônicos e os dados sensíveis de possíveis acessos não autorizados, roubos, danos e outras atividades maliciosas. O trabalho envolve ações que previnem e detectam ataques cibernéticos, além de responder com agilidade e qualidade quando eles acontecem. 

Entre as práticas de cibersegurança, estão as seguranças de rede, aplicativos, endpoint, informações pessoas e sensíveis, cloud e a resposta a incidentes, gerenciando possíveis crises desencadeadas por exposições desnecessariamente.

Cuidado com a tecnologia ou orientação para os usuários?

É importante ressaltar que os casos mais comuns de cibersegurança comprometida não estão relacionados às falhas do sistema, mas o uso inadequado ou pouco cuidadoso das tecnologias e sistemas usados pelos próprios usuários. 

Segundo a Universidade de Stanford (Estados Unidos) e da Tessian (empresa britânica de software), 88% das violações de dados são causadas por erros humanos. Em outras palavras, cibersegurança não é só sobre reforçar a tecnologia, mas olhar também para as pessoas.

Como a Cibersegurança impacta no marketing de uma empresa?

Marketing é sobre a reputação e o valor de uma marca. Quando uma empresa não atende os pré-requisitos de segurança determinados pelos órgãos mercado ou por seus consumidores, não adianta fazer a melhor propaganda do mundo sobre ela. 

Tudo começa com processos, transparência, metodologia e, claro, tecnologia.  Empresas que não possuem uma estrutura de cibersegurança coloca em risco a exposição de dados sensíveis dos seus próprios clientes. Nome, e-mail, dados bancários e qualquer informação pode estar em risco. 

E se isso acontece, os riscos no marketing podem impactar a reputação da marca, a credibilidade, a confiança, a regulamentação e a sua vantagem competitiva. Inclusive, a segurança digital é uma parte muito importante para a experiência do cliente e deve ser vista dessa forma. 

Por que a Cibersegurança está diretamente ligada à LGPD e as práticas ESG?

Em tempos de práticas ESG estabelecidas e alinhadas com o core business, uma empresa que não oferece segurança para os dados dos seus colaboradores e clientes não cumpre os princípios básicos da governança ou compliance, representado pelo G da sigla. 

Outro ponto importante das boas práticas em segurança digital é garantir a conformidade sobre o que determina a Lei Geral de Proteção de Dados (13.709/2018). Em vigor desde o dia 14 de agosto de 2018, a LGPD exigiu das empresas a transparência e os cuidados com os dados pessoais de seus clientes. 

Em julho de 2021, as sanções entraram em vigor e as punições poderiam ser aplicadas em caso de descumprimento das regras. O primeiro passo para garantir essa conformidade é justamente o cuidado com sobre a Cibersegurança, evitando a exposição desnecessária de dados sensíveis dos clientes

As empresas que não estiverem regulares sobre o que determina a LGPD podem sofrer multas de até 2% do seu faturamento anual no Brasil, limitado a R$ 50 milhões por infração.

Cibersegurança deve ser uma prioridade para as empresas

Como disse Fernando em seu artigo: a Transformação Digital é um caminho que não tem mais volta. Por isso, as marcas devem construir processos e dinâmicas que ampliem a proteção dos usuários ao implementar algumas medidas como a seleção de parceiros especializados ou a adoção de ferramentas e estratégias de marketing para proteção cibernética.

Para saber mais sobre Cibersegurança, acesse o artigo assinado por Fernando Silveira e publicado no Meio&Mensagem. Gostou do artigo? Compartilhe nas suas redes sociais!