Além do trabalho: a importância de desenvolver a coragem entre as soft skills em um mercado cada vez mais competitivo

As soft skills são habilidades relacionadas ao comportamento e às emoções das pessoas. É muito importante desenvolvê-las para o mercado de trabalho.

Por Roberto Ribas
Publicado em 18/05/2023

O maior evento de inovação do planeta vai muito além de tecnologia, consumo e trabalho. Realizado em Austin, no Texas, o SXSW 2023 tratou sobre um tema muito importante: o desenvolvimento de soft skills como diferencial para o mercado.

Um CMO deve se aprofundar no tema, pois possibilita que a marca ganhe mais visibilidade. David Levy, Head de Criação no Brivia Group e um dos correspondentes no SXSW, escreveu um artigo para o Meio&Mensagem sobre o assunto.

Levy abordou detalhes sobre a importância de desenvolver a coragem para liderar como uma habilidade essencial. Além disso, destacou o atributo como fundamental nas relações humanas e profissionais no dia a dia. Confira!

O que são soft skills?

Não é tarefa simples mensurar ou definir o que são as soft skills. Em um mundo onde empresas usam indicadores para tomar decisões, estas habilidades são subjetivas. Elas estão diretamente ligadas ao comportamento e às emoções dos indivíduos.

O profissional nem sempre vai ter os valores propostos, mas deve ser capaz de desenvolver se necessário. Hoje, é fundamental demonstrar atributos interpessoais no mundo corporativo, desde o momento da entrevista até a rotina de trabalho.

Entre os atributos pessoais mais valorizados, podemos citar:

  • disposição de aprender;
  • resiliência;
  • adaptabilidade;
  • oratória, entre outros.

Um CMO de sucesso apresenta essa e outras características interpessoais. Portanto, é muito importante que o profissional tenha conhecimento do seu interior. Entenda quais são as habilidades emocionais que deve aperfeiçoar para gerir uma equipe com eficiência e assertividade.

Qual é a diferença entre hard skills e soft skills?

É comum existir a dúvida entre os dois conceitos e ambos são muito importantes e valorizados no mercado de trabalho atualmente. Basicamente, a diferença entre hard skills e soft skills engloba aspectos técnicos e emocionais.

Hard Skills

As hard skills envolvem os conhecimentos técnicos da profissão. Geralmente, são as informações que constam no currículo, como graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e especializações que servem como upgrade na área de atuação.

Outros exemplos que podemos citar:

  • conhecimento em língua estrangeira;
  • domínio do pacote Adobe;
  • uso dos recursos do Office;
  • análise de dados, entre outros.

Soft Skills

Por outro lado, as soft skills se relacionam aos valores de comportamento e desenvolvimento pessoal de cada um. É fundamental desenvolver um autoconhecimento para identificar quais são essas características.

Alguns exemplos de atributos interpessoais são:

  • capacidade de lidar com problemas;
  • boa comunicação;
  • trabalho em equipe;
  • resiliência;
  • flexibilidade, entre outros.
Como mensurar as soft skills
O mercado de trabalho competitivo e o necessidade das competências profissionais

No caso do CMO, existem habilidades emocionais específicas. O senso de liderança é fundamental, afinal, trata-se de alguém que irá gerir uma equipe. Ao mesmo tempo, ter resiliência e capacidade analítica para resolução de problemas é importante.

Um profissional reconhecido possui soft e hard skills – elas se complementam. Nesse quesito, os aspectos técnicos levam à absorção do conhecimento, enquanto os emocionais moldam a personalidade do profissional. Combinados, são essenciais para as relações internas e também com o consumidor externo.

Qual é a importância de desenvolver a coragem como competência profissional?

Desenvolver a coragem como competência profissional passa por um processo de autoconhecimento. Ele é essencial para identificar quais os traços de personalidade de cada um que precisam ser potencializados no ambiente de trabalho.

Isso envolve também sair da zona de conforto, algo que só será possível quando aprendermos a gerenciar nossas emoções. Em uma empresa, essa máxima vale para diferentes perfis e cargos dos colaboradores, até mesmo quem é CMO.

A personalidade do indivíduo tem grande peso na execução de demandas do dia a dia e, também, na escolha de um profissional para a vaga. Nem sempre a pessoa tem as habilidades emocionais para o cargo que está pleiteando.

O autoconhecimento e o desenvolvimento de emoções como a coragem auxiliam a encarar os desafios no mundo corporativo. O profissional passa a enfrentar riscos, ser resiliente e buscar cada vez mais os objetivos traçados.

Como usar a coragem para tomada de decisões no marketing? 

O SXSW proporcionou diferentes insights em relação às soft skills. David Levy trouxe uma reflexão sobre a coragem como atributo pessoal. Ao desenvolvê-la, pode desempenhar um papel essencial para a tomada de decisões no marketing.

Um dos pontos que devemos ter para o desenvolvimento pessoal e profissional é a capacidade de conversar com pessoas que pensam diferente. Não podemos nos achar superiores a ninguém e devemos pensar no futuro, sempre um passo à frente.

Ao desenvolvermos a coragem como competência profissional, vamos transformá-la em uma importante aliada na tomada de decisões. Ela exerce uma parceria com os dados para garantir eficiência, principalmente em momentos de crise.

São justamente tempos assim que pedem conversas difíceis. Dessa forma, Levy reforça a necessidade de baixar o celular. Vivemos na era da conectividade, somos nômades digitais, e essa tarefa pode não ser fácil. Mas precisa ser feita.

As relações pessoais irão contribuir para a formação e o aprendizado profissional. O CMO deve ter a coragem como uma de suas principais soft skills para auxiliar a superar desafios, encarar riscos e não se acomodar na zona de conforto.

Entenda detalhes sobre o tema e se aprofunde no assunto com o artigo de David Levy, nosso head, escrito no Meio&Mensagem.